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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Edifício no Campo Belo foi invadido por quadrilha às 4 horas; bandidos fugiram com R$ 1 milhão
Edifício no Campo Belo foi invadido por quadrilha às 4 horas; bandidos fugiram com R$ 1 milhão
O Estado de São Paulo - 16.03.05
Marcelo Godoy
Mãe e filha estavam dormindo quando a primeira ouviu o barulho de uma porta abrindo no apartamento. De repente, quatro ou cinco homens cercaram a cama em que elas estavam. "Silêncio!" Com armas que pareciam submetralhadoras e fuzis, os criminosos logo disseram o que queriam: "Onde está a chave do cofre? Cadê as jóias? Cadê os dólares?" Apavoradas, as duas entregaram todas as suas jóias. Começava o maior arrastão em condomínios ocorrido neste ano em São Paulo. Em três horas, os integrantes da quadrilha fizeram 38 reféns. Um deles fez até um discurso para as vítimas: "Nós somos profissionais; estamos aqui a trabalho." Roubaram pelo menos 10 apartamentos e 8 carros e fugiram com R$ 1 milhão em jóias, dinheiro, aparelhos eletrônicos e carros - só uma das vítimas declarou prejuízo de R$ 250 mil. A polícia não tinha pistas sobre os bandidos até a noite de ontem. A ação do bando começou por volta das 4 horas no Edifício Maison Fraibourg, na Rua João Álvares Soares, em Campo Belo, na zona sul. Com 18 andares, o prédio tem 36 apartamentos. "Eles enchiam malas e sacolas e colocavam tudo nos carros", disse uma moradora, estudante universitária de 21 anos, que pediu para não ser identificada. "Tenho muito medo, pois os bandidos ficaram com meus documentos e sabem quem sou."
Não se sabe ao certo como o bando entrou no prédio - desconfia-se que foi pelos fundos do edifício. Os assaltantes dominaram os dois vigias e apanharam a chave de um dos apartamentos na casa do zelador - a moradora deixava a cópia com o funcionário. Mãe e filha foram às primeiras vítimas. "Alguns estavam com capuzes e outros não. Estavam bem vestidos e não foram violentos. Só um demonstrava nervosismo", disse a mãe. Depois de limparem o apartamento, os criminosos mandaram as duas vestirem alguma roupa, pois estavam de camisola, e determinaram que os acompanhassem até a garagem. Ali, os ladrões ficaram esperando que os demais moradores acordassem e saíssem para o trabalho.
Em Série
Cada vez que um descia até a garagem, era dominado e obrigado a subir com os ladrões. Depois, a vítima voltava com toda a família e era posta ao lado dos demais reféns. Todos eram obrigados a olhar para a parede. "Até mulheres com bebês foram obrigadas a descer para a garagem", disse uma moradora de 55 anos. Um dos moradores, um americano, foi agredido com um soco na boca porque não sabia falar português direito. Enquanto dominavam os moradores, um dos ladrões começou a discursar: "Isso é culpa dos governantes. Eles roubam, ficam ricos e não acontece nada, mas se a gente, que é pobre, rouba, eles caem em cima." Alertou ainda os moradores de que eles tinham controle das comunicações da polícia: "Estamos acompanhando a freqüência de rádio dela."
Por volta das 7 horas, à quadrilha decidiu encerrar o assalto. Os assaltantes, que haviam chegado ao prédio em pelo menos três carros, fugiram levando oito dos moradores. Um dos reféns passou mal e teve de ser levado a um hospital
Somente às 8h30 é que o primeiro morador foi ao 27.º Distrito Policial, onde o caso foi registrado. Os peritos criminais examinaram o local e encontraram poucos fragmentos de impressões digitais. Agora, a polícia espera poder fazer o retrato falado dos bandidos.
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