quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cobras, o que fazer Como capturar a serpente.

cobras I « página 1 de 2 próxima » * Serpentes peçonhentas e não-peçonhentas * As serpentes peçonhentas no Brasil estão agrupadas em 4 gêneros * Como capturar a serpente Cobras, o que fazer ? Serpentes peçonhentas e não-peçonhentas O veneno das cobras, ou peçonha, é uma secreção tóxica das parótidas – as glândulas de veneno, que situam-se abaixo e atrás dos olhos e estão em conexão com as presas inoculadoras. É um líquido viscoso, branco (levemente turvo) ou amarelo, resultante de uma mistura de muitos protídeos, uns tóxicos e outros inócuos, e de substâncias orgânicas e inorgâncias micromoleculares. As cobras chamadas não-venenosas ou não-peçonhentas – 81% das espécies conhecidas – têm presas não-articuladas. Produzem um veneno que aflora em sua cavidade bucal e atua na digestão do alimento, mas não possuem presas inoculadoras para introduzir a peçonha na vítima. Acidentes ofídicos Os acidentes ofídicos no Brasil são causados, na grande maioria, por serpentes conhecidas como "jararaca", "jararacuçu", "caiçaca", "urutu", "cotiara" (gênero Bothrops -, seguidos dos acidentes por "cascavéis" (gênero Crotalus -"surucucu" (gênero Lachesis - e pelas "corais verdadeiras. As serpentes peçonhentas no Brasil estão agrupadas em 4 gêneros: SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS: As serpentes chamadas jararacas, do gênero Bothrops, que habitam principalmente zonas rurais e periferias de grandes cidades, apresentam comportamento agressivo quando se sentem ameaçadas, desferindo botes sem produzir ruídos... São as Jararacas, Jararacuçus, Urutus, etc. e fazem parte da Família Viperidae. São responsáveis por cerca de 90% do acidentes em todo o Brasil. Seu veneno possui ação proteolítica, causando dor, edema e hemorragias, podendo ocasionar necrose. O soro específico para esse tipo de acidente é o soro antibotrópico. flickr-Adriano Vet SERPENTES DO GÊNERO CROTALUS: São as Cascavéis e apresentam como característica a presença de um chocalho na ponta de sua cauda e fazem parte da Família Viperidae. Seu veneno apresenta ação neurotóxica, miotóxica e coagulante. O soro específico para o veneno da picada da cascavel é o anticrotálico. São de hábitos crepusculares e noturnos e alimentam-se de pequenos mamíferos. São caracterizadas por possuírem chocalho na extremidade de cauda que, quando excitada denuncia sua presença pelo ruído característico do guizo ou chocalho, o qual é formado por resíduo de pele a cada muda, que é acrescentado aos anteriores. Habita regiões de clima seco e quente. Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. flickr-giumaiolini SERPENTES DO GÊNERO LACHESIS: São conhecidas como surucucu pico-de-jaca, apresentando espinhos na região posterior da cauda e fazem parte da Família Viperidae. Seu veneno apresenta características semelhantes ao veneno de jararacas. Esta é a maior cobra venenosa das Américas. O soro específico para o veneno da picada desse grupo é o antilaquético. SERPENTES DO GÊNERO MICRURUS: São as corais verdadeiras e fazem parte da Família Elapidae. Seu veneno apresenta ação neurotóxica e miotóxica e apesar de ocorrerem em baixa incidência (menos de 1%), os acidentes causados por esses animais são extremamente graves. O soro específico para o veneno das corais verdadeiras é o antielapídico. fonte: Instituto Vital Brazil flickr-roney Como capturar a serpente Recomenda-se que o coletor esteja utilizando botas. Não se deve capturar a serpente com as mãos. Deve-se utilizar um laço, forquilha ou gancho. Evite colocar as mãos ou qualquer parte do corpo desprotegida próxima de uma serpente, pois uma espécie venenosa pode dar um bote com alcance equivalente a 1/3 de seu tamanho corporal. Ao capturar o animal deve-se colocá-lo dentro de uma caixa de madeira com pequenos furos e sem frestas que permitam a fuga do animal. Não coloque água nem alimento e leve ao Instituto Butantan ou a um veterinario.

Nenhum comentário:

Postar um comentário